domingo, 25 de maio de 2008

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terça-feira, 29 de abril de 2008

Divulgando pensmentos...

PENSAMENTO PARA O DIA – 29/04/2008

Se você deseja que os outros lhe honrem, você deve honrá-los também. Se os outros devem servir-lhe, você deve servi-los primeiro. Em verdade, nenhuma felicidade pode igualar-se à felicidade de servir aos outros. Pareça-se com um relógio; ele não tem nenhuma aversão. Ele mostra o tempo correto a todos, independentemente da pessoa que vê o tempo.


SATHYA SAI BABA

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Lápis 'cor da pele' da Faber Castell, apelidos e expressões racistas, o que nós educadores temos a ver com tudo isso?

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
(Nelson Mandela).



Esta postagem se compõem de três importantes textos recentes sobre as relações raciais na infância e adolescência, nosso papel de educadores na sala de aula como agentes responsáveis pela educação para a igualdade étnico-racial e por fazer valer a legislação que obriga o ensino da História e culturas africanas e afro-brasileira nos currículos escolares e, que embora alterada com a inclusão da obrigatoriedade da história e culturas indígenas pela Lei 11645/08, continua vigente e profundamente necessária.

Comecemos com um artigo sobre expressões preconceituosas e suas implicações para a cristalização do racismo na infância:

Expressões preconceituosas alertam para o racismo na infância

(Por Julia Dietrich, do Aprendiz)
Quando tinha uns seis anos de idade ouvi de vários colegas que eu tinha nascido na torradeira. Lembro de ter perguntado a minha mãe várias vezes de onde eu vim por ser diferente deles”,
conta a universitária M., hoje com cerca de 20 anos, que estudou em uma escola particular de São Paulo (SP), na qual os colegas eram predominantemente brancos.

Parece brincadeira, mas tenho medo de me expor a situações onde comentários desse tipo possam surgir”, complementa.

A situação vivida pela jovem negra, que preferiu não se identificar, não é exceção. Segundo os dados da tese de doutorado da socióloga Rita Fazzi, professora da Pontifica Universidade Católica de Minas Gerais, em discussões nas salas de aula, as crianças são capazes de reverberar extenso repertório racista, com xingamentos que vão de “tição” a “leite azedo” e poucas passam ilesas pelo período. No contexto internacional, segundo a Anti-Defamation League (em português, Liga Antidifamação) dos Estados Unidos, até os seis anos de idade cerca de 50% das crianças já apresentaram atitudes preconceituosas. Segundo os textos da organização, as práticas discriminatórias que começam cedo muitas vezes vêm disfarçadas de supostas brincadeiras, travestidas de uma certa inocência.

Para a psicóloga da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico (Edac), Mariana Ticahuer, o valor do ato de apontar as diferenças está relacionado à idade da criança.

Quando uma criança é muito pequena e acontece algum episódio em que ela aponta uma diferença, como, por exemplo, ao entrar em um elevador, ela comenta
com a mãe que a vizinha ali presente é gorda, ela dificilmente sabe que está
agredindo ou magoando tal pessoa. Porém, as crianças mais velhas, que apontam as diferenças de forma pejorativa, por certo, têm consciência do mal que estão
fazendo, mesmo sem saber precisar a intensidade das suas ações”, explica.

De acordo com estudos internacionais, as crianças começam a perceber as diferenças raciais dos três aos cinco anos de idade e, ao passar do tempo, passam a julgá-las moralmente.Para a psicóloga Mariana, a educação e os valores que são passados em casa influenciam no modo com a criança se relaciona com o ambiente e com as pessoas que estão a sua volta.

Por isso o educador e a escola devem trabalhar com as diferenças mesmo antes que a discriminação aconteça. Explicar o porquê das diferenças e como é importante o contato com elas pode prevenir situações como a de M.”, explica.
Contudo, se a discriminação ocorre, é importante que haja o diálogo com a criança e muita orientação, além de uma importante conversa com os pais”, complementa.

Em discurso especial proclamado em 2006, o ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (NOU) Kofi Annan indicou que o combate ao preconceito começa cedo, antes mesmo que ele surja.

Nenhum de nós nasceu para odiar. A intolerância aprende-se e, portanto, é possível desaprendê-la. As garantias jurídicas são uma parte fundamental desta luta, mas a educação deve estar em primeiro plano. A educação pode favorecer a tomada de consciência e cultivar a tolerância. Deve começar em casa - onde, afinal de contas, têm origem muitas das atitudes racistas -, continuar na escola e ser integrada no nosso discurso público. Nesta luta contra a intolerância, os cidadãos devem ser simultaneamente professores e alunos”, concluiu.


Agora vamos conhecer o relato da mãe Denise Camargo sobre a situação vivenciada por seu filho na sala de aula:

Gostaria de contar-lhes a seguinte história:
Quando meu filho ingressou na escola de educação infantil, chegou aqui em casa certo dia dizendo que queria ser "cor de pele".
Gostaria de informar que somos negros. Meu marido é branco. Nosso filho, mestiço.
Não conseguimos entender o desejo dele, pois ele já era cor de pele - foi o que respondi: "Filho, você é cor de pele. Cor de pele negra".
Esse tema rondou a casa por semanas até que um dia fui à escola descobrir o que estava havendo. E, para minha surpresa, o fato era uma mistura de incompetência para a diversidade brasileira vinda da própria professora e, muito fortemente, saída também da Faber-Castell, que tem na sua caixa de lápis de 36 cores uma cor chamada PELE.
Que cor é essa? Um salmão, rosa-claro, rosinha a que o fabricante denomina PELE. Pele de quem, me pergunto? Pele branca, é claro.
Não seria legítimo em um país de maioria negra que houvesse também uma cor na caixa de lápis para quem não tem pele branca? Ressalto que, sim, embora as estatísticas camuflem esse dado, o Brasil é um país de maioria negra. E posso informar bibliografia consistente sobre o assunto, se necessário.
Ou insiram uma nova cor, que contemple a pele negra, ou mudem o nome dessa, por favor.
Meu filho está com sete anos agora e já faz tempo que sabe que é "marronzinho", como ele mesmo dizia. Mas entendeu nesse exato momento em que quis ser "cor de pele" que a Faber Castell o submeteu a um preconceito disfarçado. Camuflado em uma caixa de lápis que vemos nas propagandas cantantes, coloridas, sorridentes da marca.
O fato é que desde essa época - e faz tempo! tento por este canal (a autora se refere aos inúmeros mails que mandou à referida empresa), sem sucesso, um contato com a Faber-Castell. O fato é que semana passada, fazendo uma compra pude ver que a cor PELE continua na caixa de lápis fabricada por vocês (Faber Castell).
Quero uma resposta e providências em uma semana, por favor.
Porque hoje acordei cansada de ser ignorada.
Aproveito para informar que, desta vez, usarei todos os recursos necessários para que minha reclamação atinja os canais destinados a ela, bem como instituições que se preocupam com a questão no Brasil.
Atenciosamente, muito atenciosamente,
Denise Camargo

Denise Camargo, a mãe indignada com a Faber Castell e a inabilidade da professora pra lidar com a questão das relações étnico-raciais na sala de aula tem toda a razão.

É seríssimo este episódio e, infelizmente, não é algo esporádico, ao contrário, é muito comum.
Já fiz trabalho em oficinas pedagógicas na perspectiva de refletir criticamente sobre essa expressão 'cor de pele' para designar uma cor rosa-salmão de lápis de cor e a outras tão racistas quanto, como as que estão presentes na fala do brasileiro como: cabelo 'ruim' e 'bom' expressões comuns utilizadas para qualificar e hierarquizar texturas de fios de cabelo, menosprezando características fenotípicas de crianças e pessoas negras.

Felizmente já ouvi relatos de professoras conscientes sobre o trabalho que desenvolvem para se oporem a essa idéia de 'cor da pele' ao se falar de lápis de cor e a outras expressões racistas usuais em nosso modo de se expressar.

Presenciei outras narrativas de educadores que mostram a grande dificuldade das crianças negras ao se auto-retratarem, utilizarem cores escuras (preta, marrom) para colorirem seus desenhos. Dada a negatividade na linguagem de nossa cultura para os termos preto e negro – ‘a coisa tá preta; lista negra; humor negro’ entre outras expressões, embora seja explicável que as crianças negras não se sintam estimuladas a considerar positivamente tais cores, é inaceitável que continuemos a ignorar o quanto essas pequenas ações são danosas as nossas crianças brancas e negras (afinal se as crianças negras tem sua auto-estima prejudicada as crianças brancas estão aprendendo a perpetuar o racismo.

Em um trabalho na Faculdade de Educação/USP com o livro Menina bonita do laço de fita lido e discutido com crianças na creche da USP, as crianças negras inicialmente faziam seus desenhos pintando a si próprios com a tal 'cor da pele' da Faber Castell. Algumas depois da leitura do livro ficavam muito surpresas de a cor negra poder ser associada à beleza...

É urgente e necessário que nos envolvemos de corpo e alma neste cotidiano escolar para fortalecermos nossas crianças para que possam enfrentar o racismo, sem comprometer o desenvolvimento psíquico de nossas crianças negras com os constantes bombardeios racistas presentes nas expressões de nossa língua e cultura, evitando que elas diminuem sua auto-estima e ao mesmo tempo educarmos as crianças brancas para que não reproduzam o racismo.

Os dados divulgados por Eliane Cavalheiro no texto a seguir são alarmantes.
Não podemos deixar que a 10639/03 transformada na lei 11.645/08 caia em um vazio e retroceda os pequenos avanços que conseguimos ao logo desses cinco anos de sua implementação. Afinal, a 10639/03 (mesmo com seu substitutivo) não é oriunda de nenhum decreto de baixo pra cima, mas é resultado de uma conquista real de mudança curricular nascida de uma reivindicação pra lá de secular dos educadores negros de nosso país.

Denise Camargo pode contar com o blog da História em Projetos na divulgação de um processo ou até mesmo de uma campanha de boicote à Faber Castell e a seus produtos.

Acredito que a sociedade civil, comprometida com a construção de uma sociedade mais solidária precisa se organizar e encampar ações de denúncia e boicote diante do relatado por Denise Camargo.

Finalmente, destaco uma entrevista com a educadora e pesquisadora Eliane Cavalheiro que nos informa sobre a atual situação da implementação da 10639/03 em nossas escolas:


Pesquisadora aponta retrocesso na política de combate ao racismo nas escolas

(Adriana Brendler Repórter da Agência Brasil)
As políticas de combate à desigualdade racial desenvolvidas pelo Ministério daEducação (MEC) foram interrompidas a partir de 2007 e estão causando retrocessona implementação de ações educacionais na área étnico-racial em estados e municípios. Entre elas, o cumprimento da Lei 10.639, de 2003, que torna obrigatório o Ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas nas escolas.
A avaliação foi feita por Eliane Cavalleiro, pesquisadora na área de educação e racismo da Universidade de Brasília (UNB), durante palestra realizada hoje (16) na Conferência Nacional de Educação Básica, em Brasília.

Segundo a professora, que foi coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão Educacional do MEC de 2004 a 2006, várias políticas, como a de apoio técnico e financeiro ao Programa Cultura Afro-Brasileira, desenvolvido no período em que ela esteve na instituição, foram interrompidas em 2007.

De acordo com ela, durante esses dois anos o MEC repassou recursos financeiros e técnicos a municípios para implantação de escolas em comunidades quilombolas, para distribuição de material didático-pedagógico e para ações de formação continuada de professores.

Eram políticas importantíssimas para a implementação de uma educação anti-racista, ao combate de fato à discriminação que está presente no cotidiano escolar. Na medida em que ele [MEC] pára, as ações nos estados e municípios também param. Há uma interrupção de 2006 até 2008, há um retrocesso institucional no combate ao racismo” afirmou Eliane Cavalleiro.

Ela apresentou uma relação com 18 livros e materiais editados em 2005 e 2006 e não publicados em 2007, além de cinco títulos que tiveram projetos editoriais iniciados em 2006 e que até hoje não foram concluídos.

Para a pesquisadora, a política do MEC na área étnico-racial é descontínua, fragmentada e frágil, inclusive em termos de recursos humanos. Como exemplo, citou a equipe da Coordenação de Diversidade e Inclusão Educacional, que tinha mais de 20 técnicos há dois anos e hoje foi reduzida a menos da metade.

Presente à conferência, o diretor do Departamento de Educação para Diversidade e Cidadania do MEC, Armênio Schmidt, respondeu às criticas, mas confirmou a suspensão da distribuição de material didático e de ações de formação de professores na área étnico-racial em 2007. Segundo ele, a interrupção, “apenas externa”, nas ações voltadas à questão racial, ocorreu por causa das mudanças no sistema de financiamento do MEC.

O MEC ficou esse período de 2007 construindo uma nova forma de indução de políticas, de relação com estados e municípios, que foi o Programa de Ações Articuladas. Durante o ano passado realmente não houve publicações e formação de professores. Mas, na nossa avaliação, não houve um retrocesso, porque isso vai possibilitar uma nova alavanca na questão da Lei (10.639). Agora, estados e municípios vão poder solicitar a formação de professores na sua rede, e o MEC vai produzir mais publicações e em maior número” argumentou.

Durante os debates, que seguiram à exposição da pesquisadora, a falta de material didático, definições e orientações pedagógicas para tratar tanto a temática racial como as situações de discriminações e racismo nas escolas foram apontadas por professores da educação infantil e ensino fundamental. Marinês Militão, professora de educação infantil, nível de ensino onde há maior concentração de alunos negros, disse que não tem material para trabalhar em sala de aula.
Eu já pedi mil vezes para o MEC, mas até agora nada”, lamentou.
Schmidt informou que o MEC está em fase de levantamento das demandas dos estados e municípios. De acordo com ele, novos materiais didático-pedagógicos ligados à questão racial devem voltar a ser distribuídos pelo ministério a partir do segundo semestre deste ano. A estimativa de prazo é a mesma para novas ações de formação de professores, que devem ser realizadas na modalidade à distância.

Divulgando pensamentos...

PENSAMENTO PARA O DIA – 28/04/2008

Quando uma árvore germina da semente, ela surge como um caule fino com duas folhas incipientes. Mas mais tarde, quando cresce, o tronco é um e os ramos são muitos. Cada ramo pode ser suficientemente grosso para ser chamado de tronco, mas não se deveria esquecer que é através do tronco que as raízes nutrem os ramos com a seiva vivificante. De forma semelhante, é o Deus único que alimenta a fome espiritual de todas as nações e fés com o alimento da verdade, da virtude, da humildade e do sacrifício.


SATHYA SAI BABA

domingo, 27 de abril de 2008

Divulgando pensamentos...

PENSAMENTO PARA O DIA – 27/04/2008

O Deus Supremo expressou-se inicialmente como os cinco elementos: o céu, o vento, o fogo, a água e a terra. Toda a criação é somente uma combinação de dois ou mais desses elementos, em proporções variadas. A natureza característica desses cinco elementos é o som, o toque, a forma, o sabor e o aroma, as quais são reconhecidas pelo ouvido, a pele, o olho, a língua e o nariz. Nessas circunstâncias, uma vez que eles são saturados com o Divino, cada um deve usá-los reverentemente e com humildade e gratidão. Use-os inteligentemente para promover a prosperidade dos outros e a sua; use-os com moderação e no caridoso serviço à comunidade.

SATHYA SAI BABA

sábado, 26 de abril de 2008

Divulgando pensamentos...

PENSAMENTO PARA O DIA – 26/04/2008

Espalhado sobre em uma superfície plana, pode haver ouro, prata, cobre, limalha de ferro, diamantes, rubis, sedas e outras coisas de valor. O ímã não presta nenhuma atenção a todos esses, ele seleciona somente a limalha de ferro. É a mesma coisa com os devotos. Deus não os seleciona com base na prosperidade. Ele procura a pureza do coração.


SATHYA SAI BABA

sexta-feira, 25 de abril de 2008

MPC 1/5 - CIRCO VOADOR C/ BLACK ALIEN

Movimento Para a Cultura (MPC) terá festa de lançamento no dia 1° de maio - quinta - feriado do dia do trabalho - às 22h no Circo Voador.

DJs do Opalão76 Hip Hop Crew
Batalha do Conhecimento - edição especial
MC Marechal
MC Funkero lançando a mix tape "Poesia Marginal"
Grafite com Acme
Racha de B-Boys com TJM Crew
DJ Grandmaster Raphael e MCs de Funk convidados

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: BLACK ALIEN

Entrada: R$20 e R$10 doando 1 livro ou 1 KG de alimento.